Por MOWA - Carbon Neutral
14 de julho de 2023
A crescente preocupação com as mudanças climáticas e seus impactos têm levado organizações ao redor do mundo a adotarem práticas mais sustentáveis. Nesse contexto, o reporte da pegada de carbono tem se destacado como uma ferramenta fundamental para avaliar e comunicar o impacto ambiental das atividades corporativas, ou seja, permitindo identificar as principais fontes de emissões de gases de efeito estufa e mensurar, monitorar e comunicar o impacto de suas operações — e as medidas de redução ou compensação — na sociedade.
A pegada de carbono é uma medida do impacto das atividades humanas na emissão de gases de efeito estufa (GEE), principalmente o dióxido de carbono (CO2) o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O). Ela abrange as emissões diretas e indiretas de uma pessoa, organização ou cidade.
Dentre as principais atividades emissoras podemos destacar o consumo de eletricidade, aquecimento e resfriamento, o transporte de pessoas e materiais, seja rodoviário, marítimo ou aéreo, a gestão de resíduos sólidos, o tratamento de águas residuais e o processamento de resíduos industriais, os processos industriais para a produção de bens, bem como as atividades relacionadas à agricultura e pecuária. A pegada de carbono é expressa em toneladas métricas de CO2 equivalente (tCO2e).
Esse diagnóstico fornece uma base sólida para o desenvolvimento de estratégias de mitigação e redução dessas emissões, permitindo que as organizações estabeleçam metas ambientais mais ambiciosas e efetivas. Além disso, o reporte da pegada de carbono permite identificar oportunidades de eficiência de processos, economia de recursos e demonstra o compromisso da organização com a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental, cada vez mais valorizadas pelos consumidores, fornecedores, patrocinadores, clientes, investidores e outros stakeholders, que buscam apoiar e se associar a organizações que adotam práticas institucionais responsáveis.
A mensuração da pegada de carbono vai além da relação direta entre a organização e o meio ambiente, exercendo um papel fundamental no aprimoramento do desempenho, fortalecimento da reputação, conformidade com regulamentações, comunicação efetiva e engajamento com a ampla rede de stakeholders.
Os fornecedores e patrocinadores estão cada vez mais atentos e preocupados em colaborar com organizações que adotam práticas sustentáveis e amigas do clima. Ao requerer o reporte da pegada de carbono, estes stakeholders buscam garantir que seus parceiros de negócios estejam verdadeiramente comprometidos com a sustentabilidade ambiental. Essa demanda por transparência ambiental é um poderoso estímulo para que as organizações aprimorem constantemente seus processos e suas práticas, mas também reduzam de forma significativa suas emissões de carbono. Além disso, ao demonstrar um compromisso concreto com a redução da pegada de carbono, as organizações fortalecem sua reputação e constroem relacionamentos mais sólidos com seus stakeholders, incluindo clientes e investidores, que estão cada vez mais preocupados com a sustentabilidade.
Os clientes também estão mais conscientes e exigentes em relação às práticas ambientais das organizações, na medida em que cada vez mais buscam produtos e serviços que sejam produzidos de forma responsável e sustentável. Pesquisa do Ibope Inteligência de 2021, encomendada pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) em parceria com o Programa de Comunicação de Mudanças Climáticas da Universidade de Yale, mostra que 77% dos brasileiros não querem crescimento que leve a danos ambientais. Outro dado relevante, levantado pela Union + Webster, mostra que 87% da população brasileira prefere comprar produtos e serviços de organizações sustentáveis. O reporte da pegada de carbono fornece informações relevantes para os consumidores tomarem decisões de compra mais conscientes, permitindo que escolham organizações comprometidas com a redução de emissões e mitigação das mudanças climáticas.
Para os investidores, o reporte da pegada de carbono é crucial para a análise de riscos e oportunidades. Os investidores estão avaliando não apenas o desempenho financeiro das organizações, mas também sua gestão ambiental e social. Organizações que são transparentes em relação às suas emissões e demonstram compromisso com a sustentabilidade têm mais chances de atrair investimentos responsáveis e de longo prazo.
Além disso, vale destacar que desde a sua criação, em 2005, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3), que tem como objetivo demonstrar o desempenho médio das cotações dos ativos de empresas selecionadas pelo seu reconhecido comprometimento com a sustentabilidade empresarial, acumula alta de 203,80%, comparado a 175,38% do Índice Bovespa (Base de fechamento em 27/11/2018). No mesmo período, o ISE teve ainda menor volatilidade: 24,22% em relação a 27,04% do Ibovespa.
O reporte da pegada de carbono é uma oportunidade estratégica para as organizações demonstrarem liderança ambiental e gerarem valor sustentável a longo prazo. Ao adotar essa abordagem, organizações nacionais e internacionais se destacam em seus setores, atraindo parceiros comprometidos com a sustentabilidade e contribuindo para uma sociedade mais verde e resiliente. Além disso, o reporte da pegada de carbono desempenha um papel fundamental na construção de um diálogo transparente e construtivo com a sociedade como um todo. Ao fornecer informações claras e acessíveis sobre suas emissões e ações de mitigação, as organizações promovem a confiança e o engajamento com os diversos stakeholders, contribuindo para um ambiente corporativo mais consciente e sustentável.
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Fonte: ELCI