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Somos Casca | Economia Circular e Compostagem Urbana no Rio de Janeiro

A Somos Casca atua na gestão sustentável de resíduos orgânicos no Rio de Janeiro, promovendo a economia circular por meio da compostagem. Seu modelo de negócios...

Créditos de carbono
1613
Tratamento de Resíduos
ODS
05
Preço

R$ 57,42 / tCO₂e

Quantidade
Total
R$
/ tCO₂e
Data de Inicío 24 de março de 2025
Certificações
Mowa Carbon Neutral
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Descrição

Transformando Resíduos Orgânicos em Soluções Sustentáveis

A Somos Casca atua na gestão sustentável de resíduos orgânicos no Rio de Janeiro, promovendo a economia circular por meio da compostagem. Seu modelo de negócios impede que toneladas de resíduos sejam descartadas no Centro de Tratamento de Resíduos (CTR Rio), em Seropédica—um dos maiores aterros sanitários da América Latina—e os transforma em composto orgânico de alta qualidade, utilizado na agricultura e paisagismo. Operado pela Ciclus Ambiental, o CTR recebe cerca de 10 mil toneladas de resíduos por dia e conta com um sistema de captação de biogás que captura aproximadamente 60% do metano gerado, convertendo-o em biometano e energia elétrica.

Embora essa taxa de captura seja significativa, ainda há uma parcela de metano que escapa para a atmosfera, contribuindo para as emissões de gases de efeito estufa. Os dados do Methane Hub indicam que o CTR Rio possui duas fontes significativas de emissões fugitivas de metano. A maior delas libera cerca de 4.300 kg CH₄/h, equivalente a 103 toneladas por dia e mais de 37.000 toneladas de metano por ano, resultando em um impacto climático superior a 1 milhão de toneladas de CO₂e anuais—o mesmo que cerca de 220 mil carros a gasolina rodando o ano inteiro.

Além disso, uma segunda fonte menor no aterro emite 228 kg CH₄/h, o que representa cerca de 2.000 toneladas de metano por ano e 56.000 toneladas de CO₂e anuais, equivalente às emissões de 12 mil carros a gasolina. Esses dados mostram que, mesmo com sistemas de captação de biogás, uma grande quantidade de metano ainda escapa para a atmosfera, reforçando a necessidade de estratégias complementares, como o desvio de resíduos orgânicos para compostagem e biodigestão, para mitigar essas emissões na origem.

A destinação inadequada de resíduos é um dos grandes desafios ambientais da cidade, sendo que o setor de resíduos sólidos responde por cerca de 15% das emissões totais de Gases de Efeito Estufa (GEE). A decomposição anaeróbica dos resíduos orgânicos em aterros é a maior fonte emissora do setor, gerando metano (CH₄), um gás com potencial de aquecimento global 28 vezes maior que o dióxido de carbono (CO₂) ao longo de 100 anos.

Pesquisas recentes indicam que aterros sanitários liberam muito mais metano do que se pensava, devido a emissões não capturadas e vazamentos nos sistemas de coleta de biogás. Modelos aprimorados de monitoramento por satélite revelam que as emissões podem estar subestimadas em até três vezes, tornando a mitigação dessa fonte ainda mais urgente. Para enfrentar esse problema, países e cidades vêm aderindo ao Compromisso Global do Metano (Global Methane Pledge), que busca reduzir as emissões globais desse gás em pelo menos 30% até 2030. O Brasil é signatário desse compromisso, reforçando a necessidade de soluções concretas para o setor de resíduos.
1 Monitoramento de Emissões de Gases de Efeito Estufa da Cidade do Rio de Janeiro (IPP, SMAC, 2021).

A Somos Casca tem ampliado significativamente seu impacto. Em 2023, a empresa compostou 321 toneladas de resíduos orgânicos, enquanto em 2024 esse número saltou para 562 toneladas, um crescimento de 75%. Esse aumento expressivo reduz a quantidade de resíduos destinados aos aterros, mitigando emissões de metano e prolongando sua vida útil, um fator essencial para cidades que enfrentam desafios crescentes de capacidade e operação. Além disso, a compostagem reduz a geração de chorume e os custos operacionais do manejo de resíduos orgânicos, tornando a gestão dos aterros mais eficiente e sustentável.

Ao desviar resíduos orgânicos dos aterros e direcioná-los para processos de compostagem aeróbica, a Somos Casca reduz significativamente a emissão de metano e fortalece a economia circular, fechando o ciclo dos nutrientes e diminuindo a dependência de fertilizantes químicos sintéticos. Com atuação junto a grandes geradores, como restaurantes, shoppings e eventos, a empresa não apenas minimiza impactos ambientais, mas também engaja a sociedade na redução do desperdício, na valorização dos resíduos e na construção de cidades mais sustentáveis.

A abordagem da Somos Casca traz benefícios concretos em termos de permanência e adicionalidade na mitigação das mudanças climáticas. Diferente do sequestro de carbono em florestas, onde o carbono pode ser reemitido caso haja desmatamento, a compostagem aeróbica impede a formação do metano desde o início, garantindo uma redução definitiva das emissões.

Além disso, sem a atuação da empresa, os resíduos orgânicos continuariam sendo descartados em aterros sanitários, gerando emissões de metano de difícil controle. Ao oferecer uma alternativa concreta e escalável, a Somos Casca se consolida como uma referência na transição para um futuro de baixo carbono e resíduos zero.

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